sexta-feira, 31 de julho de 2009

Minicurso do NUPSS – eu estava lá!

Por: *Pedro Miguel
artigo – Aconteceu na última quinta-feira (3೦ de julho de 2009) no município de Lages (SC), o minicurso sobre Instrumentalidade e Técnicas da Profissão, promovido pelo Núcleo de Profissionais do Serviço Social da região serrana de Santa Catarina.

A profissão de assistente social é regulamentada pela Lei nº 8.622, de 7 de junho de 1993 e tem em seu artigo 1º o livre exercício da profissão em todo o território nacional – estes possuidores de diploma em curso de graduação em Serviço Social oficialmente reconhecido (Art. 2º - I).

Pois bem! Após o evento surgiram algumas indagações, sobre a instrumentalidade e técnicas da profissão: COMO UTILIZAR (as ferramentas) INSTRUMENTOS e TÉCNICAS da profissão reconhecendo a liberdade como valor ético central e das demandas políticas – autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais? (conforme os princípios fundamentais do Código de Ética da Profissão).

Em uma sociedade que tem como padrão estético o uso da “chapinha” e das “luzes” dos salões – fashion´s – devidamente padronizados – cabeça feita – com a ideologia (estética/tecnológica/comercial/sentido da vida: consumista, etc.) norte americano? Realmente temos liberdade e autonomia de ir e vir do jeito que somos! E queremos ser?!
Lembro-me de um “causo” relatado por um amigo; dizia ele: que cabeleira é esta Pedrão?! Estou deixando crescer, dizia eu. Então, ele me contou um “causo” que aconteceu na vida dele. Ele contou me que fora embora de seu município, onde morava, para um outro município, segundo ele: cidade grande, próspero, logo teria de”ganhar” a vida, nesta metrópole. Então “pensou”! irei ganhar a vida nesta cidade de muitas cabeças “colloridas”, utilizando-me de um “instrumento de trabalho”: a chapinha. Montou um “negócio” chamado: Cabeça Feita. Antes de cortar seu cabelo, passe aqui! E faça sua cabeça antes de cortar seus cabelos. O negócio deu certo! Ganhou muito “dólar” segundo ele, comprou carro, casa – até um sítio próximo de sua antiga cidade, onde morava, “antes de ir pra cidade grande” – e logo casou. É claro com uma mulher com uma cabeça feita (cabelos devidamente pintados e chapinhas é claro) fugir do padrão, nunca! Dizia ele.
Este artigo não tem a intenção de criticar ou analisar os salões de beleza, ou o uso de chapinhas e luzes nos cabelos, cortes fashions, etc... mas a intenção de; indagar em relação a instrumentalidade e técnicas da profissão de assistente social. E uma das indagações é como utilizar os devidos instrumentos e técnicas em políticas do tipo;
- políticas afirmativas: que padronizam os direitos – busca-se a igualdade da padronização de direitos para todos os cidadãos – mantendo a estrutura sócio-econômica-cultural, dominante, por uma classe hegemônica.
Um outro tipo, seriam as políticas transformativas: que projeta para o futuro, começando hoje, um novo sistema societário em que o “padrão”; comportamental, estrutural, físico, psicológico, etc..., seja substituído – rompido – por um sentido de vida, de pertencimento, de vivência em um planeta que produz à vida, que quer apenas viver, viver com abundância de vida, respeitando a vivência do outro, com suas diferenças, buscando sempre a revolução cultural.
Que bom! Este minicurso do NUPSS não nos deu certezas (verdades absolutas); mas felizmente, criou –em minha pessona - indagações.

Que venha outros cursos como este, em que os instrumentos e técnicas profissionais não sejam apenas para esticar e colorir os cabelos. (de novo os cabelos: que possamos deixar o cabelo crescer, sem pressa ou preocupação; mas apenas esperar que um dia possamos vislumbrar o rio de vida que transformar-se).
*estudante e trabalhador na área de designer gráfico

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