sexta-feira, 31 de julho de 2009

Minicurso do NUPSS – eu estava lá!

Por: *Pedro Miguel
artigo – Aconteceu na última quinta-feira (3೦ de julho de 2009) no município de Lages (SC), o minicurso sobre Instrumentalidade e Técnicas da Profissão, promovido pelo Núcleo de Profissionais do Serviço Social da região serrana de Santa Catarina.

A profissão de assistente social é regulamentada pela Lei nº 8.622, de 7 de junho de 1993 e tem em seu artigo 1º o livre exercício da profissão em todo o território nacional – estes possuidores de diploma em curso de graduação em Serviço Social oficialmente reconhecido (Art. 2º - I).

Pois bem! Após o evento surgiram algumas indagações, sobre a instrumentalidade e técnicas da profissão: COMO UTILIZAR (as ferramentas) INSTRUMENTOS e TÉCNICAS da profissão reconhecendo a liberdade como valor ético central e das demandas políticas – autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais? (conforme os princípios fundamentais do Código de Ética da Profissão).

Em uma sociedade que tem como padrão estético o uso da “chapinha” e das “luzes” dos salões – fashion´s – devidamente padronizados – cabeça feita – com a ideologia (estética/tecnológica/comercial/sentido da vida: consumista, etc.) norte americano? Realmente temos liberdade e autonomia de ir e vir do jeito que somos! E queremos ser?!
Lembro-me de um “causo” relatado por um amigo; dizia ele: que cabeleira é esta Pedrão?! Estou deixando crescer, dizia eu. Então, ele me contou um “causo” que aconteceu na vida dele. Ele contou me que fora embora de seu município, onde morava, para um outro município, segundo ele: cidade grande, próspero, logo teria de”ganhar” a vida, nesta metrópole. Então “pensou”! irei ganhar a vida nesta cidade de muitas cabeças “colloridas”, utilizando-me de um “instrumento de trabalho”: a chapinha. Montou um “negócio” chamado: Cabeça Feita. Antes de cortar seu cabelo, passe aqui! E faça sua cabeça antes de cortar seus cabelos. O negócio deu certo! Ganhou muito “dólar” segundo ele, comprou carro, casa – até um sítio próximo de sua antiga cidade, onde morava, “antes de ir pra cidade grande” – e logo casou. É claro com uma mulher com uma cabeça feita (cabelos devidamente pintados e chapinhas é claro) fugir do padrão, nunca! Dizia ele.
Este artigo não tem a intenção de criticar ou analisar os salões de beleza, ou o uso de chapinhas e luzes nos cabelos, cortes fashions, etc... mas a intenção de; indagar em relação a instrumentalidade e técnicas da profissão de assistente social. E uma das indagações é como utilizar os devidos instrumentos e técnicas em políticas do tipo;
- políticas afirmativas: que padronizam os direitos – busca-se a igualdade da padronização de direitos para todos os cidadãos – mantendo a estrutura sócio-econômica-cultural, dominante, por uma classe hegemônica.
Um outro tipo, seriam as políticas transformativas: que projeta para o futuro, começando hoje, um novo sistema societário em que o “padrão”; comportamental, estrutural, físico, psicológico, etc..., seja substituído – rompido – por um sentido de vida, de pertencimento, de vivência em um planeta que produz à vida, que quer apenas viver, viver com abundância de vida, respeitando a vivência do outro, com suas diferenças, buscando sempre a revolução cultural.
Que bom! Este minicurso do NUPSS não nos deu certezas (verdades absolutas); mas felizmente, criou –em minha pessona - indagações.

Que venha outros cursos como este, em que os instrumentos e técnicas profissionais não sejam apenas para esticar e colorir os cabelos. (de novo os cabelos: que possamos deixar o cabelo crescer, sem pressa ou preocupação; mas apenas esperar que um dia possamos vislumbrar o rio de vida que transformar-se).
*estudante e trabalhador na área de designer gráfico

segunda-feira, 20 de julho de 2009

ESTATUTO SOCIAL



Proposta de Estatuto





REDE SOCIAL DE COMUNICAÇÃO DA SERRA CATARINENSE
Lages e Região Serrana


Capítulo I

DENOMINAÇÃO

Art. 1º -A Rede Social de Comunicação da Serra Catarinense – Lages e região Serrana, é uma associação civil de âmbito municipal e regional, sem fins lucrativos, instituída por tempo indeterminado, regida pelo presente Estatuto Social, abreviadamente designada Espelhos e Mascaras.

SEDE
Art. 2º - A Rede Social de Comunicação da Serra Catarinense terá sua sede e foro na cidade de Lages, no Estado de Santa Catarina, Brasil.
Parágrafo único - O estatuto e futuras eventuais alterações da Rede Social de Comunicação Social da Serra Catarinense – Espelhos e Mascaras - obedecerão ao modelo previamente elaborado neste, observadas as peculiaridades locais da região serrana.

FOCO: As Políticas Públicas e a Sociedade Civil.

OBJETIVOS

Art. 3º - São objetivos da Rede Social de Comunicação da Serra Catarinense
I - Promover a responsabilidade política do cidadão, através da informação, conhecimento e publicização do poder público;
II - Incentivar a formação cultural e pleno desenvolvimento da cidadania;
III - Incentivar a participação contínua e vigilante dos cidadãos nos atos governamentais;
IV - Motivar a filiação partidária e de outras ferramentas de participação coletiva, como: Conselhos, Associações, Núcleos, Sindicatos, etc... de livre opção;
V - Despertar no cidadão o direito de participar ativamente da vida e do governo do país.
VI - Trabalhar pela formação de líderes políticos.
VI - Conscientizar e consolidar de que o desenvolvimento da democracia dependem da existência de liberdade de expressão;
VII - Incentivar a consciência ecológica profunda;
VIII - Trabalhar pelo município, Estado e pelo Brasil nação e sua autonomia;
IX - Fortalecer a rede social e afetiva entre seus membros.

Art. 4º - A Rede Social de Comunicação da Serra Catarinense – Espelhos e Mascaras - atingirá seus objetivos através da Publicização, entre:
I - Sociedade e Poder Público em cursos, palestras, debates, seminários, congressos, conferências, etc.
II - Pesquisas, publicações, concursos, exposições e divulgações através de meios de comunicação de massa;
III- Produção de livros, informativos, jornais, revistas, discos, áudios, vídeos, filmes e outras formas de reprodução fonovideográficas de caráter cultural;
IV - Intercâmbios e convênios com entidades nacionais e internacionais;
V - Promoção de eventos sócios-culturais, educacionais e políticos.

Art. 5º - A Rede Social de Comunicação da Serra Catarinense – Espelhos e Mascaras - não se filiará a qualquer partido político e tampouco dará apoio ou fará oposição a qualquer candidato a cargo eletivo e a qualquer agremiação partidária.

Art. 6º - A Rede Social de Comunicação da Serra Catarinense – Espelhos e Mascaras - poderá manter intercâmbio com entidades nacionais e internacionais congêneres e com elas associar-se, observadas, porém, a total autonomia regional.

DURAÇÃO

Art. 7º - A Rede Social de Comunicação da Serra Catarinense – Espelhos e Mascaras - vigerá por tempo indeterminado.



Capítulo II

DO QUADRO ASSOCIATIVO

Art. 8º – A Rede Social de Comunicação da Serra Catarinense – Espelhos e Mascaras - é constituída por um número ilimitado de associados que serão admitidos a juízo da diretoria.

Art. 9º – Qualquer pessoa poderá associar-se à Rede Social de Comunicação da Serra Catarinense – Espelhos e Mascaras -, desde que aceite seus objetivos, mediante inscrição aprovada pela diretoria.

Art. 10 – Haverá as seguintes categorias de associados:
I – Fundadores, os que assinarem a ata de fundação da Rede Social de Comunicação da Serra Catarinense – Espelhos e Mascaras;
II – Beneméritos, aqueles aos quais a Assembléia Geral conferir esta distinção, espontaneamente ou por proposta da diretoria, em virtude de relevantes serviços prestados à Rede Social de Comunicação da Serra Catarinense – Espelhos e Mascaras;
III – Honorários, os que se fizerem merecedores dessa homenagem por serviços de notoriedade prestados à Rede Social de Comunicação da Serra Catarinense – Espelhos e Mascaras, por proposta da diretoria à Assembléia Geral;
IV – Contribuintes, aqueles que pagarem a mensalidade estabelecida pela diretoria.

Art. 11 – São direitos dos associados quites com sua obrigações sociais:
I – Votar e ser votado;
II – Tomar parte nas Assembléias Gerais.
Parágrafo único – Os associados beneméritos e honorários terão direito a voto e poderão ser votados.

Art. 12 – São deveres dos associados:
I – Cumprir as disposições estatutárias e regimentais;
II – Acatar as determinações da diretoria;
III – Aceitar e desempenhar os cargos para os quais foram eleitos ou nomeados, salvo nos casos de justificada impossibilidade.
Parágrafo Único – A exclusão de qualquer filiado à Rede Social de Comunicação da Serra Catarinense – Espelhos e Mascaras, somente ocorrerá por justa causa, assim entendida por decisão do quadro diretivo, concedendo-se ao associado o exercício de amplo direito de defesa. Da decisão caberá recurso à Assembléia Geral.

Art. 13 – Os associados não respondem, mesmo subsidiariamente, pelas obrigações sociais da entidade.

Capítulo III

DA ADMINISTRAÇÃO

Art. 14 – A Rede Social de Comunicação da Serra Catarinense – Espelhos e Mascaras - tem como meios de sua administração, com poderes distintos e cujas funções estão determinadas em capítulos próprios:
I – Assembléia Geral;
II – Diretoria;
III – Conselho Fiscal
IV – Conselho de Ética

Art. 15 – A Assembléia Geral será constituída pelos associados em pleno gozo de seus direitos estatutários.

Art. 16 – Compete à Assembléia Geral:
I – Eleger a diretoria;
II – Destituir os administradores;
III – Alterar o estatuto;
IV – Conceder o título de associado benemérito e honorário por proposta da diretoria.

Art. 17 – A Assembléia Geral da Rede Social de Comunicação da Serra Catarinense – Espelhos e Mascaras - realizar-se-á, ordinariamente, uma vez por ano, em local e hora a serem determinados pela diretoria e, extraordinariamente, todo o penúltimo sábado de cada mês em local determinado pela diretoria;
§ 1º - A convocação da Assembléia Geral será feita por edital, afixado na sede da entidade, por publicação na imprensa ou por outros meios de comunicação, com antecedência de dez dias, no mínimo, e realizar-se-á em primeira convocação com um terço dos seus membros e em segunda convocação, com qualquer número.
§ 2º - As disposições contidas neste estatuto somente poderão ser alteradas através de Assembléia Geral Extraordinária, especialmente convocada para tal finalidade e com anuência da Rede Social de Comunicação da Serra Catarinense – Espelhos e Mascaras.

DO QUADRO DIRETIVO

Art. 18 – A diretoria da Rede Social de Comunicação da Serra Catarinense – Espelhos e Mascaras - será composta por nove membros, todas em pleno gozo de seus direitos de cidadania, integrantes e associadas da entidade, sendo um Diretor(a)-Presidente, eleita por cinco anos, em Assembléia, podendo ser reeleita.
§1º - As demais Diretorias serão indicadas pela Diretor(a)-Presidente, a quem compete a qualificação das respectivas funções, com mandato de cinco anos, permitindo-se a reeleição das nove, as quais poderão, em seus impedimentos, ser substituídas mediante decisão da diretoria, por maioria absoluta de seus membros.

Art. 19 – A diretoria da Rede Social de Comunicação da Serra Catarinense – Espelhos e Mascaras - reunir-se-á mensalmente, ou sempre que os interesses sociais o exigirem, mediante convocação do Diretor(a)-Presidente ou da maioria absoluta de suas diretoras, conforme o Art. 17.
§ 1º - As reuniões da diretoria serão presididas pelo Diretor(a)-Presidente e instalar-se-ão, no mínimo, com a presença da maioria simples de seus membros.
§ 2º - Das reuniões da diretoria serão lavradas atas em livro próprio, assinadas por todos os membros presentes.
§ 3º - os diretores que faltarem a 3 (três)) reuniões, consecutivas ou não, sem justa causa, serão substituídas.

Art. 20 - Ficam criados:
I - o Conselho Consultivo, composto por dez pessoas de ilibada reputação e notório saber;
II - o Conselho de Mantenedores;
III - o Conselho de Honra;
IV - o Conselho do(as) ex-Presidentes.
V - a Comissão de Ética, composta por 3 (três) membros e respectivos suplentes.
Parágrafo Único - A indicação dos membros desses Conselhos e Comissão será feita pela Diretoria.

Art. 21 – O(a)s diretores, os membros dos Conselhos e Comissão poderão receber honorários, remuneração de qualquer espécie e serão investidas em seus cargos mediante assinatura do termo de posse no Livro de Atas de Reunião da Diretoria.

Art. 22 - O Diretor(a)-Presidente, em suas ausências ou impedimentos temporários, será substituída pela Diretor(a) 1ª Vice-Presidente e, no impedimento temporário de ambas, pela 2ª Diretor(a) Vice-Presidente.
Parágrafo Único - Para todos os atos de gestão e administração, passiva e ativa, a Rede Social de Comunicação da Serra Catarinense – Espelhos e Mascaras -será representada pela Diretor(a)-Presidente, isoladamente, ou por duas Diretor(as) qualificadas, em conjunto, exceção feita a quaisquer atividades financeiras, para as quais será necessária a assinatura da Diretor(a)-Financeira em conjunto com a Diretor(a)-Presidente, ou outra por esta designada para este fim.

Art. 23 – Compete à Diretoria, como órgão colegiado, a prática de todos os atos necessários ao regular funcionamento da Rede Social de Comunicação da Serra Catarinense – Espelhos e Mascaras, exercendo, para tanto, as atribuições que a lei e o presente estatuto conferirem.

Art. 24 – Todos os assuntos submetidos à apreciação da diretoria serão decididos em primeira convocação, por maioria simples de votos, cabendo à Diretor(a)-Presidente o voto de qualidade.

Art. 25 – O Conselho Fiscal será constituído por 3 (três) membros, e seus respectivos suplentes, indicados pela diretoria e eleitos pela Assembléia Geral.
§ 1º - O mandato do Conselho Fiscal será coincidente com mandato da diretoria.
§ 2º - Em caso de vacância, o mandato será assumido pelo respectivo suplente, até o seu término.

Art. 26 – Compete ao Conselho Fiscal:
I – examinar os livros de escrituração da entidade;
II – examinar o balancete semestral apresentado pela diretora financeira, opinando a respeito;
III – opinar sobre a aquisição e alienação de bens.
Parágrafo Único: O Conselho Fiscal reunir-se-á ordinariamente a cada 6 (seis) meses ou extraordinariamente sempre que necessário.

Art. 27 - O Conselho Consultivo terá a função de órgão de assessoramento da diretoria e reunir-se-á sempre que convocada pela Diretoria, bem como pelos demais Conselhos.
Art. 28 - Doações e legados;
Art. 29 - A administração do patrimônio da Rede Social de Comunicação da Serra Catarinense – Espelhos e Mascaras - compete à Diretoria.
Art. 30 - A receita deve ser depositada nos bancos, a critério da Diretoria, e aplicada no pagamento das despesas, nos serviços de administração, na realização de atividades culturais e outros encargos.
Art. 31 - No caso de dissolução da Associação, o seu patrimônio será destinado a uma instituição de fim não lucrativo, concernente à área de Museus, de escolha da Assembléia Geral.

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 32– Os fundos arrecadados deverão ser aplicados na administração e consecução dos objetivos da Rede Social de Comunicação da Serra Catarinense – Espelhos e Mascaras.

Art. 33– O presente Estatuto Social só pode ser reformado a critério e por decisão da Assembléia Geral Extraordinária, sendo exigidos os votos de três quartos (3/4) dos sócios presentes, com direito a voto.

Art. 34 – Os meios de comunicação eletrônicos editado pela Rede Social de Comunicação da Serra Catarinense – Espelhos e Mascaras - é remetida gratuitamente aos sócios.
Art 35 - Os casos omissos no Estatuto Social são resolvidos pela Diretoria, ouvido, previamente, o Conselho Deliberativo.

Art 36 – Lutar pela regulamentação do art. 221 da Constituição, que fixa os seguintes princípios na produção e programação das emissoras de rádio e televisão: “I – preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas; II – promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente, que objetive a sua divulgação; III – regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei; IV – respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família”.
Art. 37 - Amplo direito de acesso a dados e documentos públicos, conforme o disposto no art. 5º, inciso XXXIII, da Constituição.

Art. 38 - A Rede Social de Comunicação da Serra Catarinense – Espelhos e Mascaras -, por ato da Diretoria, pode credenciar um (1) associado para cada município da região, onde o mesmo resida e tenha domicílio, como seu Representante, fazendo parte da rede social de comunicação.

Att: Pedro Miguel

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Redução da jornada ganha o primeiro round

2 DE JULHO DE 2009 - 13h23
Redução da jornada ganha o primeiro round
A Comissão Especial da Jornada Máxima de Trabalho aprovou na última terça-feira (30) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 231/95) que reduz a jornada de trabalho de 44h para 40h semanais, sem redução dos salários. Por unanimidade e sob aplausos de centenas de sindicalistas e trabalhadores, o colegiado aprovou o relatório do deputado Vicentinho (PT-SP), que também prevê a elevação da hora extra para 75% sobre o valor da hora normal. O projeto vai agora para apreciação em dois turnos pelo Plenário da Câmara e precisa de 308 votos (dois terços do total de deputados) para virar lei.
Os parlamentares enumeraram como justificativas para aprovar a matéria o fato de que, nos últimos 20 anos, o avanço tecnológico permitiu aumento da produtividade que beneficiou as empresas, mas não os trabalhadores. Lembraram também que com mais tempo livre, os trabalhadores podem se qualificar para crescerem profissionalmente, e terem mais tempo para dedicar à família e ao lazer. É, portanto, uma conquista com repercussões positivas para toda a sociedade.
Na terça-feira, quando a Comissão da Câmara aprovou o projeto de redução da Jornada, os trabalhadores presentes à sessão entoaram a famosa palavra de ordem do movimento sindical: Trabalhador unido, jamais será vencido. Esta força e união serão imprescindíveis para garantir que a proposta siga adiante e se transforme em lei. Mais do que nunca, a unidade das centrais sindicais conquistada em torno desta bandeira e as mobilizações de rua serão necessárias para garantir que o projeto seja vitorioso nas votações que irão ocorrer no plenário da Câmara e do Senado. O avanço do projeto no Congresso já começa a suscitar a reação patronal, e os grandes jornais já começam a reapresentar os velhos argumentos segundo os quais a medida ameaça os lucros das empresas. Os capitalistas adeptos do lucro máximo moverão todos seus tentáculos para impedir que a redução da jornada vire lei. Se não conseguirem, tentarão, como já sinalizaram, fazer com que a redução da jornada venha acompanhada de redução de salários.
O atual projeto de redução da jornada para 40 horas semanais foi apresentado pelo então deputado e hoje senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), em 1995. Desde a apresentação da proposta até agora já se passaram 14 anos. O que mostra que esta não é uma luta fácil. Pelo contrário. Caso vire lei, esta será a terceira vez, desde o período da escravidão, que se aprova redução de jornada de trabalho no Brasil. Os dois períodos anteriores foram em 1943 (jornada de 48 horas semanais) e 1988 (jornada de 44 horas). É, portanto, uma conquista histórica para os trabalhadores e como tal não acontecerá se não vier acompanhada de muita luta e apoio político.
Reduzir a jornada de trabalho sem redução de salários, equiparando os turnos de trabalho no Brasil aos praticados em boa parte dos países mais industrializados, seria também uma conquista econômica e simbólica de extrema importância para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Econômica porque, num momento de crise financeira como o atual, uma medida para aumentar empregos e distribuir renda é altamente salutar. Um estudo feito pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos (Dieese), mostra que a redução da jornada poderia criar cerca de 2,5 milhões de novos empregos, diminuindo a informalidade e promovendo melhor distribuição de renda.
É também uma conquista simbólica porque não haveria outra medida tão marcante para qualificar a gestão Lula como um governo voltado aos interesses dos trabalhadores. Portanto, a hora da aprovação é agora!
http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=58999

TV Brasil sinaliza nova etapa da comunicação pública

A TV Brasil, que já oferece aos brasileiros uma programação não capturada pela publicidade cervejeira e medicamentosa, que exibe apenas publicidade de valores cidadãos e humanizados, que já recupera em grande medida parte substancial do nosso audiovisual, além das conquistas civilizatórias de sua grade de programação, agora dá um passo à frente, criando a novidade democrática de discutir com a sociedade como se deve fazer televisão. O artigo é de Beto Almeida, presidente da TV Cidade Livre de Brasília.
Beto Almeida (*)
Com a presença de 3 ministros de estados ( Franklin Martins, Juca Ferreira e Sérgio Rezende) e transmitida ao vivo pelo canal NBR, a primeira audiência pública da TV Brasil inaugura uma nova etapa para a tv brasileira, dando continuidade a várias mudanças que o governo Lula tem realizado no sentido do fortalecimento da comunicação pública no Brasil. Esta audiência tem o simbolismo de se inscrever no processo de recuperação dos espaços públicos midiáticos, processo que ocorre também em vários países da América Latina, com o surgimento de emissoras públicas e estatais, com o nascimento de jornais públicos e de acesso popular como “Cambio” , na Bolívia, e o “Correo del Orinoco”, na Venezuela, e com políticas de estado que permitem concretamente que os povos já tenham alternativas ao jornalismo consumista e de manipulação informativa sob o controle dos conglomerados privados.Aqui no Brasil, com esta primeira audiência pública, onde o diálogo de ministros e público foi televisionado na íntegra, sem edições, a Empresa Brasil de Comunicação EBC, criada pelo governo Lula , marcou um golaço em termos de democracia participativa. Além desnudar toda a tagarelice acerca de interatividade alardeada pelas emissoras privadas, que jamais realizaram nem planejam realizar uma audiência pública - mesmo sendo detentoras de concessões públicas para uso do espaço rádio-elétrico que pertence à União. Na tv comercial, a democracia começa e termina no Departamento Comercial, no preço do anúncio, no jabaculê, no controle do mercado cartelizado sobre a programação, ditando seu vale-tudo rebaixador dos conteúdos cada vez mais animalizados.A TV Brasil, que já oferece aos brasileiros uma programação não capturada pela publicidade cervejeira e medicamentosa, que exibe apenas publicidade de valores cidadãos e humanizados, que já recupera em grande medida parte substancial do nosso audiovisual que luta para sair da clandestinidade, agravada após a demolição da Embrafilme, além das conquistas civilizatórias de sua grade de programação, agora dá um passo à frente, criando a novidade democrática de discutir com a sociedade como se deve fazer televisão. Só uma empresa no campo do poder público pode fazer isto, colocando ministros de estado, seu Conselho Curador, seus diretores e parte de seus funcionários diante do público e de para ouvir críticas e propostas de superação e de consolidação do que já está sinalizado desde que Lula decidiu montar a TV Brasil cumprindo com o seu programa de campanha de 2002: a criação de uma TV pública constava do documento-compromisso “A imaginação a serviço do Brasil”, assumido pelo presidente.Audiência convoca para fazer tv de novo modoClaro que uma novidade democrática como uma audiência pública para debater como fazer televisão é também uma oportunidade tão singular que revela também desconcerto por parte do público participante, confundindo prioridades. Tal como declarou o Ministro Franklin Martins, muito tempo da audiência foi dedicado ao debate de conceitos, quando o fundamental, que estava diante de todos e da sociedade que assistia pela TV era uma preciosa oportunidade para a apresentação de idéias e propostas sobre como fazer uma nova televisão. A missão pública da TV Brasil já vem sendo crescentemente revelada, construída e comprovada em parte pela sua própria programação. Primeiro, ao mostrar o Brasil por inteiro, todas as suas regiões e manifestações sociais e culturais, sem praticar a desigualdade regional-informativa, buscando o cumprimento da Constituição. Também ao mostrar a América Latina e a África, sobretudo por exibir documentários como, por exemplo, a luta do povo de Angola, com ajuda de Cuba para derrotar o exército racista na Batalha de Cuito Cuanavale, que, para Mandela, significou “o começo do fim apartheid”. Jamais documentários como este foram exibidos na tv brasileira em toda sua existência.Muitos dos conceitos debatidos a longa data pelos movimentos de democratização da comunicação e também na academia já se transformaram em realidade, em fatos, em nova programação televisiva, muito embora haja muito por ser superado, sobretudo no campo do jornalismo ainda convencional praticado pela TV Brasil. No entanto, não foi este o tema mais debatido, quando na discussão conceitual a própria universidade brasileira e seus laboratórios de comunicação continuam em dívida com a sociedade brasileira já que, embora há décadas debatam e debatam um modelo de tv pública, ainda não chegaram a qualquer proposta objetiva. Lula tinha uma: a TV Brasil, que estava no Seminário de Comunicação e Cultura do PT, realizado em 2002. Enquanto estamos com uma tv no ar, saldando parcialmente a dívida informativo-cultural contra o povo, realizando mudanças, avançando em novidades democráticas, como a realização de audiências públicas democráticas, razoavelmente acessíveis e televisionadas, há quem ainda insista num debate predominantemente acadêmico.A oportunidade foi criada, mas talvez pudesse ter sido ainda mais plenamente bem aproveitada, exatamente porque trata-se de uma novidade democrática. Vale lembrar que boa parte das reivindicações dos diferentes movimentos que constituem a luta pela democratização da comunicação já são atendidas pela própria programação da TV Brasil. Não há propaganda violentando direitos das crianças, não se cultua o álcool, nem se iconiza a velocidade ou o consumismo de guloseimas quando diabetes, obesidade e doenças cardíacas assumem estatísticas epidêmicas. Há documentários de importância histórica e política imensa, filmes nacionais finalmente democratizados e tirados do ostracismo.Jornalismo da integraçãoNo entanto, o jornalismo da TV Brasil continua desafiado a apresentar mudança de conceitos, não de apenas de formatos como argumentou-se durante a audiência. Para exemplificar, há uma mudança política importantíssima no cenário latino-americano, com muitos países recuperando a soberania sobre suas próprias riquezas nacionais, escapando dos controles imperialistas sobre as práticas comerciais impositivas, alterando a composição e as políticas de organismos de sombria trajetória como a OEA. E há, sobretudo, um conjunto de iniciativas para a integração regional, inclusive, em muitos casos, com a dispensa de operações em dólar, como entre Brasil e Argentina. Que diante deste conjunto expressivo de mudanças a mídia comercial continue a dizer que a criação da Unasul, do Banco do Sul, da Unila, etc é apenas retórica itamarateca, passando informações manipuladas e descontextualizadas para afirmar que há fracasso nestas políticas, não há nenhuma surpresa pois está praticando o seu jornalismo de desintegração, em sintonia com o objetivos das transnacionais que querem a América Latina desunida, confrontada, para melhor rapiná-la. Mas, que o jornalismo da TV Brasil não seja capaz de apresentar uma nova concepção de notícia diante desta riqueza de experiências transformadoras, é um contra-senso com a novidade que a própria TV Brasil encarna, e um conservadorismo que leva a que a sociedade brasileira não tenha informação alternativa para perceber o que já ocorre concretamente com, por exemplo, o verdadeiro Mercosul Social em curso, medidas de cooperação e integração entre municípios de fronteira, na esfera de políticas. Tudo isto sonegado.Alguns exemplos ainda não explorados pelo jornalismo da TV Brasil frente ao jornalismo da desintegração: lançada a campanha midiática contra a adesão da Venezuela ao Mercosul, o jornalismo da integração, sintonizado com nossa Constituição, poderia mostrar a importância da integração energética entre Brasil e Venezuela, pela qual Roraima já é abastecida pela Hidroelétrica venezuelana de Guri, quando antes era iluminada por poluentes e caras termoelétricas a diesel. Eis aí o único “perigo” da cooperação com a Venezuela: mais progresso social, menos dependência de petróleo, menos poluição etc. Outra possibilidade de exploração pelo jornalismo da TV Brasil, se adotasse outra concepção de notícia: quanto já foi economizado com o início das operações bilaterais entre Brasil e Argentina sem a presença da moeda inconfiável do dólar, ademais, emitida sem lastro? Quanto se pode explorar jornalisticamente deste fato, inclusive do ponto de vista simbólico, localizado nesta soberana dispensa ao dólar?Honduras, TV e solidariedade Ainda partindo do cenário da integração promovida por vários governos, a própria cobertura sobre o golpe em Honduras poderia ter sido muito superior a partir da simples cooperação com Telesur que transmitiu ao vivo praticamente todos os dias do golpe, da resistência e também da gigantesca manifestação que esperava a chegada do presidente Manoel Zelaya. A TV Cidade Livre de Brasília retransmitiu o sinal de Telesur e recebeu inúmeras manifestações informais de reconhecimento, especialmente de membros do governo, dada a relevância o fato televisionado. Não poderia tudo isto ter sido feito pela TV Brasil? O que impediu? Recursos técnicos? Não, apenas a necessidade de se adotar novos conceitos para o jornalismo, conceitos que podem ser colocados em prática imediatamente, o que não seria possível numa tv privada onde o jornalismo depende do departamento comercial. No caso da TV Brasil, o patrocinador é o povo brasileiro e a linha mestra editorial é a Constituição Brasileira, que compromete-se com a integração latino-americana. E esta integração tem que ser também informativa e cultural. E teria sido a solidariedade política do povo e do governo brasileiro para com o povo de Honduras, pois, dado o seu simbolismo para o momento, todos os povos fomos alvos do golpe de estado hondurenho.A criação da Sociedade dos Amigos da TV BrasilDentre as várias propostas apresentadas na Audiência uma destina-se a agregar participação do público para um diálogo propositivo e organizado da TV Brasil com o telespectador. Trata-se da idéia da criação de uma Sociedade Brasileira dos Amigos da TV Brasil, com capacidade tanto de estimular por parte do público a qualificação de sua leitura crítica televisiva, criando mais canais pelos quais (além da Ouvidoria que só a EBC possui) os impactos da programação em diferentes partes do país sejam captados, comunicados, refletidos de modo organizado e regular, fazendo com que se desenvolva por meio de uma emulação e fruição de opiniões e propostas, uma noção de pertencimento e co-responsabilidade do público em relação à emissora pública.Esta Sociedade estimularia a participação crítica dos telespectadores - idéia rigorosamente desprezada e vetada na tv comercial - na linha de uma cidadania televisiva. Diante da baixaria televisiva privada, devemos zelar, consolidar e qualificar a tv que nos pertence diretamente, assumindo como coletivo, e não apenas pelos seus dirigentes, o desafio de uma televisão cada vez mais humanizadora, um contribuição brasileira para a tv mundial. Mas que também seja capaz de disputar audiência, sem ilusões com o diletantismo da tese que defende indiferença diante do número de telespectadores sintonizados . Em se tratando de política pública de comunicação e de televisão em particular, será temerário cultivar a idéia de que devemos ser indiferentes se milhões de brasileiros seguem capturados por uma programação embrutecedora da tv comercial que reforça práticas anti-cidadãs, anti-democráticas na sociedade. Deve-se colocar como problema de todos, coletivo, que a TV Brasil tem o direito de pretender ter audiência e que para isto deva também ter uma programação de entretenimento sadio e inteligente, até mesmo aceitando o desafio de produzir, quando possível, teledramaturgias culturalmente elevadas, sobretudo para oferecer ao povo a chance de conhecer em profundidade a vida de personagens relevantes de nossa história tais como Santos Dumont, Euclides da Cunha, Villa-Lobos, no bem sucedido formato de telenovelas. Como desdobramento, é importante levantar o debate sobre o legítimo direito da TV Brasil em não se submeter às várias formas de reservas de mercado impostas pela TV comercial, com o concurso de recursos públicos. A TV Brasil pode e deve pretender ter uma programação de futebol e demais esportes de massa, de Carnaval e demais festas populares (como já começa a experimentar com sucesso o São João Nordestino) e também não se sujeitar à verdadeira reserva de mercado informal existente para a telenovela. Tal como disse o presidente do Conselho Curador da EBC, Luiz Gonzaga Beluzzo: a TV Brasil também deveria poder transmitir o Campeonato Brasileiro, o que no fundo indica que há uma legítima resistência que precisa ser organizada contra a tendência de privatização da transmissão de futebol pela filosofia da tv paga, dificultando cada vez mais que os brasileiros tenham acesso a umas de suas grandes paixões. Absurdo: quanto mais tecnologia televisiva, menos acesso para a grande maioria à totalidade dos jogos!Leitura crítica da comunicaçãoExiste um clamor difuso na sociedade brasileira contra a programação degradante das tvs comerciais, mas há evidentemente um captura de sua audiência ainda em razão da não existência de alternativas na TV Pública com a força, a decisão e a qualificação para fazer plenamente e “pra valer” uma disputa de audiência. Um componente deste intrincado problema é a inexistência de uma prática de leitura crítica da televisão - mesmo estando nas emissoras da EBC as raras oportunidades para que isto se realize, nos programas da Ouvidoria e no Ver TV - e é isto também que poderia ser estimulado com a criação da Sociedade dos Amigos da TV Brasil, com debates bem organizados, com a publicação de textos, com a realização de encontros, inclusive com multi-auditórios e com transmissão simultânea. Trata-se de investir em democracia televisiva. Não devemos deixar passar esta oportunidade preciosa como antes ocorreu, quando em 2004 o Presidente Lula criou a RTVI (Rede de TVs Institucionais) tendo sido combatido oficialmente tanto pela Abert como pela Fenaj. Sem apoio, desistiu da iniciativa, até porque o governo vivia outras dificuldades e o tema comunicação só foi retomado mais tarde com a criação da EBC e da TV Brasil. Esta linha de fortalecimento da comunicação pública, da qual fazem parte a nova política de democratização dos anúncios públicos, a criação do Blog da Petrobrás e até mesmo presença de Lula diretamente no jornalismo com sua coluna “O presidente responde”, é indicadora de condições para novos passos à frente, sobretudo para um formato mais democrático da tv digital, assegurando de fato pluralidade, diversidade, regionalização e humanização. Este é um tema para a Conferência Nacional de Comunicação, que também é uma novidade democrática, tirando o tema da penumbra dos tabus e tornando-o agenda do governo e da sociedade.Com sua primeira audiência a TV Brasil dá um passo bem significativo no rumo de conquistar novos modos de fazer e de ver tv, tanto para se perceber os limites a corrigir e superar, mas sobretudo por ser esta novidade democrática de imensa significação política para o fortalecimento das políticas públicas. A audiência também funciona como uma espécie de convocação à sociedade para o desenvolvimento e até mesmo para a invenção de novos instrumentos capazes de sustentar, dialogar, questionar e consolidar a TV Brasil e o seu modo de fazer televisão e jornalismo como direito e tarefa de todos.(*) Beto Almeida é presidente da TV Cidade Livre de Brasília.

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16085&boletim_id=569&componente_id=9715

quarta-feira, 8 de julho de 2009

CONFIRMADO EVENTO DE COMUNICAÇÃO PARA REGIÃO



Atenção Lages e região


1ª Oficina da Comissão Pró-Confecom SC
Dia 14/08 às 14h
Na AMURES - Auditório da Associação dos Municípios - Centro, próximo ao terminal urbano
Presença do Prof. Locatelli (palestrante)
Contato:
Vera (48) 96238478 / Inea (49)99120714

domingo, 5 de julho de 2009

Comunicação e participação nas Redes

Comunicação e participação nas Redes
Os participantes do Redesenvolvimento reuniram-se entre os dias 30 de outubro e 5 de novembro, na cidade de Embu das Artes, para o segundo seminário do programa. Os grupos formados por integrantes de seis redes, somados ao grupo formado por representantes de quatro entidades fomentadoras de redes, trabalharam propostas de ação para o fortalecimento de suas redes, conheceram o trabalho das pessoas que compões dois desses grupos (Redes Cyberela e Renove), além de aprofundarem seus conhecimentos sobre os temas da Comunicação, Participação e Poder e Visão Sistêmica. Abaixo, o seminário por sua cronologia.
Faça o downlod do texto de apoio: Governança em redes sociais: uma contradição?.zip, de Maria Cristina de Lourdes Guarnieri.
Faça o download da transcrição da conferência de Fritjof Capra: As conexões ocultas.pdf
http://www.lead.org.br/article/view/2524

Democratização da comunicação é tema de debate

Democratização da comunicação é tema de debate
Publicado por admin às 18:16 Arquivado em: Sem categoria
A falta de controle do Estado sobre as concessões de rádio e televisão no Brasil foi um dos temas do debate sobre a democratização da comunicação, promovido em outubro pelo programa Revista Brasil, da Rádio Nacional. O professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB) Luiz Martins e o ouvidor-adjunto da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Paulo Machado, participaram da discussão.

Machado acredita que a mídia não é democrática, pois impõe às pessoas apenas o que lhe interessa. Isso ocorre porque o governo não fiscaliza os veículos de comunicação depois que concede a eles o espaço de transmissão. “As concessões públicas, para que eles utilizem as ondas [de transmissão], são renovadas a cada 10, 15 anos, sem nenhum tipo de controle sobre a programação e sobre o conteúdo”, afirmou.

“Acho que o Estado brasileiro, nesse ponto das concessões, está sendo irresponsável”, disse o professor Luiz Martins. Para ele, o Estado é omisso e ausente, pois concede o espaço público para os veículos de comunicação e não cobra nenhuma prestação de contas do que eles fizeram com as concessões públicas. Para ele, é irônico pensar em uma grande empresa de comunicação pública, pois o Estado é o grande poder concessionário na área de rádio e televisão.

A resposta para a democratização da comunicação, segundo Paulo Machado, é o controle mais efetivo da população sobre os meios de comunicação. No entanto, isso não acontece porque os veículos estão fechados para participação popular. Já Martins acredita que a promoção de políticas públicas é o que pode tornar a mídia mais democrática.

(Fonte: Agência Brasil)

http://redesocialblogs.com.br/comunicar/democratizacao-da-comunicacao-e-tema-de-debate/#comment-11

Jornalistas discutem a sustentabilidade nas empresas de comunicação

Jornalistas discutem a sustentabilidade nas empresas de comunicação
Publicado por admin às 15:54 Arquivado em: Sem categoria
(fonte: Rede Ethos de Jornalistas)
“O mundo mudou e o jornalismo não acompanhou”. Com esta frase, o vencedor da categoria televisão do 8° Prêmio Ethos de Jornalismo, André Trigueiro, abriu o debate promovido pelo Instituto Ethos, sinalizando que o conservadorismo editorial da mídia ainda é um dos obstáculos para que o tema da sustentabilidade tenha uma abordagem mais aprofundada nas redações.
O evento realizado no último dia 30 de setembro reuniu os sete vencedores e o formato debate foi uma das mudanças implantadas no 8° Prêmio Ethos de Jornalismo. O objetivo foi dedicar mais tempo para explorar a experiência e o conhecimento dos jornalistas que cobrem o tema da sustentabilidade.
A conclusão dos vencedores legitima as discussões feitas em 2007 pela Rede Ethos de Jornalistas: é preciso investir na capacitação dos jornalistas para que eles tenham uma visão sistêmica sobre o assunto e envolver os demais níveis hierárquicos das empresas de comunicação para que a sustentabilidade esteja incorporada à gestão. Neste sentido, os Indicadores Ethos-ANJ para o setor de jornais foram considerados uma ferramenta fundamental para este trabalho.
As questões pontuadas no Seminário serão consideradas no planejamento dos projetos Prêmio e Rede em 2009. Nosso objetivo é promover uma maior sinergia entre as duas estratégias, de modo a conseguirmos avançar no que diz respeito à pauta jornalística e à gestão sustentável dos veículos de comunicação. Ainda como reconhecimento aos vencedores de todas as edições do Prêmio, será lançada uma publicação comemorativa com entrevistas e com a síntese do debate.
http://redesocialblogs.com.br/comunicar

sábado, 4 de julho de 2009

Bifurcação da Humanidade

03.07.09 - MUNDO
Bifurcação da Humanidade
Leonardo Boff *
Nos inícios do ano os vinte países mais ricos do mundo (G-20) se reuniram em Londres para encontrar saídas à crise econômico-financeira mundial. A decisão de base foi continuar no mesmo caminho anterior à crise mas com controles e regulações a partir de uma presença maior do Estado na economia. Os controles seriam pelo tempo necessário à superação da crise, a fim de evitar o colapso global e as regulações para restaurar o crescimento e a prosperidade com a mesma lógica que vigorou antes.
Esta opção implica continuar com a exploração dos recursos naturais que devastam os ecossistemas e fazem aumentar o aquecimento global e o fosso social entre ricos e pobres. Se isso prosperar dentro de pouco enfrentaremos crise da mesma natureza, pois as causas não foram eliminadas. Acresce ainda o fato de que os restantes 172 países (ao todo são 192) sequer foram ouvidos e consultados. Pensou-se em ajudá-las mas com migalhas. Efetivamente, toda a África, o continente mais vulnerável, seria socorrida com menos fundos que o governo dos EUA aplicou para salvar a General Motor.
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O impacto perverso da crise sobre os países de baixo ingresso apresenta-se aterrador. Estima-se que, enquanto durar a crise, mais de 100 milhões de pessoas caiam cada ano na extrema pobreza e um milhão de postos de trabalho se perderão por mês. Tal fato fez com que o Presidente da ONU, Miguel d’Escoto Brokmann, imbuído de alto sentido humanitário e ético, convocasse uma reunião de alto nível que reunisse os 192 representantes dos povos para juntos discutirem entre si a crise e buscarem soluções includentes. Isso ocorreu nos dias 24-26 de junho do corrente ano nos espaços da ONU. Todos falaram. Era impactante ouvir o clamor que vinha das entranhas da Humanidade: os ricos lamentando os trilhões em perdas de seus negócios e os pobres denunciando o aumento da miséria de seu povo.
Muitas vozes soaram claras: não bastam controles e regulações que acabam beneficiando os que provocaram a crise. Faz-se urgente um novo paradigma que redefina a relação para com a natureza com seus recursos escassos, o propósito do crescimento e o tipo de civilização planetária que queremos. Importa elaborar uma Declaração do Bem Comum da Humanidade e da Terra que oriente ética e espiritualmente o sentido da vida neste pequeno planeta.
Depois de um intenso trabalho previamente feito por uma comissão de expertos, presidida pelo Nobel de economia Joseph Stiglitz e com as colaborações vindas de quatro mesas redondas e da Assembléia Geral concertou-se um documento detalhado que ganhou o consenso dos 192 representantes dos povos. O perigo coletivo facilitou uma convergência coletiva, uma raridade na história da ONU.
O documento prevê medidas inéditas especialmente para salvar os mais vulneráveis sob coordenação de várias instituições internacionais, articuladas entre si. Mas, o mais importante é a apresentação de um programa de reformas sistêmicas que prevê um sistema mundial de reservas com direitos especiais de giro, reformas de gestão do FMI e do Banco Mundial, regulações internacionais dos mercados financeiros e do comércio de derivados e principalmente a criação de um Conselho de Coordenação Econômica Mundial equivalente ao Conselho de Segurança. Desta forma se presume garantir um desenvolvimento estável e sustentável.
O fato desta cúpula mundial é gerador de esperança, pois a humanidade começa a olhar para si como um todo e com um destino comum. Mas todas as soluções se orientam ainda sob o signo do desenvolvimento, o fator principal gerador da crise do sistema-Terra. Ele tem que ser trocado por um "modo sustentado geral de viver", caso contrário assistiremos à bifurcação da humanidade, entre os que desfrutam do desenvolvimento e os que são vítimas dele. Não chegamos ainda ao novo paradigma de convivência Terra-Humanidade, forjador de uma nova esperança.
O próximo futuro, dizia o Presidente da Assembléia, será pela utopia necessária que precisamos construir para permanecermos juntos na mesma Casa Comum.
[Leonardo Boff é do corpo de assessores do Presidente da Assembléia da ONU e com este título participou dos trabalhos ai realizados].
* Teólogo, filósofo escritor

http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=39592

Leitura crítica da mídia

27 DE JUNHO DE 2006 - 14h48
Leitura crítica da mídia por Sidnei Liberal*
Em “Pérolas. Patranhas, disparates e trapaças nos meios de comunicação” http://www.rebelion.org/noticia.php?id=25903 publicado em Barcelona, em janeiro de 2006, Pascual Serrano demonstra como desentranhar e deixar em evidência disparates, patranhas e trapaças dos meios de comunicação, como exercício necessário ao desenvolvimento do cidadão crítico.
O exercício, bem orientado, pode desvelar a podridão e a miséria dos discursos da maioria dos políticos e a mentira e a manipulação da grande maioria dos meios de comunicação. O leitor desatento assimila toda uma massa de informações e, automaticamente, a repassa, sem a menor avaliação crítica sobre a sua origem, sobre deliberadas distorções e manobras.Domingo, 11 de junho, o caderno TV do Correio Braziliense publicou a seguinte declaração do jornalista Franklin Martins: “Vou continuar fazendo o jornalismo que sei fazer. Pego a notícia, interpreto e dou ao telespectador o direito de formar a própria opinião”. E, sobre a crise no governo federal: “É uma cobertura complexa. Mas procurei ser isento e não entrei no clima de linchamento”. É uma posição que contrasta com o perfil, por exemplo, da revista Veja, que “há algum tempo deixou de ser modelo de bom jornalismo”, como exposto pelo jornalista-referência Alberto Dines. E “quando a expectativa é grande e faltam fatos, inventa-se”, a respeito da tão desmoralizada, embora recorrente, notícia sobre dólares cubanos para a campanha do PT. Alguém já verificara não ser necessário pesquisar em muitas fontes para identificar as trapaças. Basta pegar um único caderno, de um único jornal, de um só dia. Vamos, pois, à experiência. O Jornal é o Correio Braziliense, daquele mesmo Domingo. A maioria dos jornais dos domingos, por falta de notícias “quentes”, requenta e/ou retoca notícias antigas, mesmo aquelas que não se sustentam, ou, então, apela para o processo criativo de que fala Dines: inventa algo. A manchete principal em letras garrafais: “Campanha com dinheiro público”. O leitor ao lado logo comentou: “Parece que a oposição descobriu provas incontestes de que nosso presidente está gastando o dinheiro do orçamento público em campanha pela sua reeleição”. Lá dentro do jornal, na parte que não fica exposta para leitura, uma manchete menos ficcional: “Dinheiro público nas campanhas de deputados”. Aí, a desgraça já estava feita: o governo Lula condenado nas cabeças de quem levou a sério o jornal. Manobra proposital, claro. E a notícia cuida apenas de uma prática consagrada nas casas legislativas: o uso da verba indenizatória dos gabinetes dos deputados, geralmente usada para telefone e combustível. Em época eleitoral a verba é usada para divulgação do trabalho parlamentar. Uma trapaça do jornal, com fim político.Na mesma capa do mesmo jornal, outra manchete: “PT ajuda, com advogados e telefones, os 540 integrantes do MLST que participaram do quebra-quebra na Câmara”. No corpo da matéria, apenas a informação de uma única militante de que lhe teriam disponibilizado telefones de advogados a quem poderia recorrer, sem detalhes importantes, como revela o jornalista autor da matéria. Ao lado, a informação da direção nacional do PT rebatendo a ficção jornalística. É o exemplo de uma afirmação leviana e insustentável. Trambique puro.Na terceira página, duas manchetes com sabor tucano: “Governo corre para distribuir cartões” e “Urgência no bolsa-família”, sobre uma suposta pressa do Governo Federal em distribuir os cartões do Programa Bolsa-família em virtude da aproximação do processo eleitoral. No corpo da matéria, nenhuma comprovação do que indica a chamada e, por outro lado, o esclarecimento formal sobre a insinuação natural, fruto de disputa política. A pressa do projeto vem de fevereiro de 2005, considerando-se que alimentação e educação exigem pressa. Mais uma pérola da opção política do jornal. Na página 4, sob a manchete “Palco para mostrar força”, o jornal destaca a preparação da convenção tucana em Belo Horizonte. Esperava-se reunir 10 mil pessoas para tentar fazer decolar a campanha tucana à presidência. Sonhava-se estimular a unidade do PSDB em meio a frustrantes informações de “corpo-mole” por parte de tucanos de alta plumagem. A matéria escondeu o fato de que o evento fora transferido do “Mineirinho”, estádio mais espaçoso, para o auditório do Expominas, visando concentrar os militantes em espaço menos amplo e, assim, dar mais visibilidade ao “ânimo” tucano. Se a preferência política do jornal fosse outra, teríamos a manchete: “PSDB foge do mineirinho para fingir força”. A omissão da transferência é, naturalmente, devida ao caráter militante tucano do jornal. Um dado que reforça a afirmação do jornalista Franklin Martins de que “a imprensa e o PIB brasileiros estão ao lado do candidato tucano”.A matéria da sétima página, sobre a convenção estadual do PT paulista, para homologação das candidaturas de Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo e de Eduardo Suplicy para reeleição ao Senado, além de candidaturas a deputado federal e estadual, tem por manchete única: “mensaleiros homologados”. No período mais agudo da crise política que se abateu sobre o Partido dos Trabalhadores, com óbvios respingos no governo Lula, a grande imprensa utilizava com bastante reserva ou grafava entre aspas, a palavra mensaleiro ou mensalão. É que o deputado Roberto Jefferson, criador do termo, foi cassado por não haver provado – nem as CPIs provaram – pagamento de remuneração periódica em correspondência com importantes votações de interesse do governo. No caso dos deputados citados na matéria da convenção paulista, trata-se de deputados do PT acusados de envolvimento com dinheiro ilegal e absolvidos pelo plenário da Câmara de Deputados. Fica muito estranho acreditar que deputados petistas recebessem remuneração de caixa 2 para votar matérias de interesse do governo. Dois pesos, duas medidas: na convenção dos tucanos, em Belo Horizonte, não foi referida como presença incômoda, nem tratado como “mensaleiro”, o senador Eduardo Azeredo que, então presidente nacional do PSDB, confessou haver recebido alguns milhões, quando candidato à reeleição para Governador de Minas, inaugurando o denominado valerioduto e, agora, absolvido pelo Senado.Um corte para o último dia 16 de junho. A Folha de São Paulo estampa, em letras garrafais, a manchete única da capa, ao lado do respectivo texto em que o candidato a vice-presidente, na chapa de Alckimin, senador José Jorge, declarara, em convenção festiva: “como dizem por aí, o presidente Lula é dado ao hábito da bebida”. Na minha leitura, uma carona da Folha, na falta de assunto do casca-grossa, para dizer: “Atenção, leitores-eleitores, Lula bebe!” No mesmo caderno, em páginas menos nobres, sem a mínima chamada de capa, a notícia que remete a uma grande possibilidade do indiciamento de cardeais tucanos e mais de 150 políticos ligados à base de apoio a FHC por recebimento de cerca de 40 milhões, não contabilizados. A já autenticada lista de Furnas.
Pérolas. Patranhas, disparates e trapaças nos meios de comunicação.

*Sidnei Liberal, Médico, membro da Direção do PCdoB - ದಫ್

http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=4338

O golpe de Honduras e a mídia brasileira

4 DE JULHO DE 2009 - 18h19
O golpe de Honduras e a mídia brasileira por Sidnei Liberal*
“O presidente violentamente sequestrado durante a madrugada por militares encapuzados, seguindo ao pé da letra o que indica o Manual de Operações da CIA e a Escola das América para os esquadrões da morte;
uma carta de renúncia apócrifa que foi divulgada a fim de enganar e desmobilizar a população - e que foi de imediato retransmitida para todo o mundo pela rede CNN, sem confirmar previamente a veracidade da notícia;a reação do povo que, consciente da manobra, sai às ruas para deter os tanques e os veículos do Exército com as mãos limpas e exigir o retorno de Zelaya à presidência; o corte da energia elétrica para impedir o funcionamento da rádio e da televisão e semear a confusão e o desânimo.” Foi assim que Atilio A. Boron, Diretor do Programa Latino-americano de Educação a Distancia em Ciências Sociais, de Buenos Aires, descreveu o golpe hondurenho. (clique aqui)


“O que aconteceu em Honduras põe em evidência a resistência que provoca nas estruturas tradicionais de poder qualquer tentativa de aprofundar a vida democrática”, disse mais Boron, lembrando que é o mesmo modelo do golpe de 2002 contra Chávez, na Venezuela, e da abortada tentativa contra Evo Morales, no ano passado. Devemos acrescentar que há desejos latentes muito semelhantes aqui no Brasil, na Argentina, no Equador...


A reação dessas estruturas tradicionais, de que fala Boron, pode ser conferida hoje (30/6) na fala de Miriam Leitão, na Rede Globo, e em editorial da Folha de S Paulo. Ao tempo em que condenam o golpe, eles também procuram justificá-lo pela tentativa do presidente Zelaya de modificar a constituição hondurenha, pela via da consulta popular. “Os dois lados erraram”, diz Miriam, “ao estilo Chávez”, completa a Folha. Fica, pois, justificado o golpe.


Não se vê a nossa mídia preocupada em informar os conteúdos de modernização dos instrumentos democráticos que encerram essas propostas de revisão constitucional. Nem o caráter amplo de representatividade dessas consultas. As informações pinçam apenas um dos itens da proposta, a possibilidade de reeleição do presidente, para condenar o texto que desconhecem. Os leitores, ouvintes, expectadores merecem mais respeito.


“É a fórmula consagrada pelo venezuelano Hugo Chávez”, diz a Folha. Pode ser. Mas, ela ganhou força nos anos do primeiro mandato de FHC, sem recorrer à via democrática de uma consulta popular. Muito pior: contando com a mais desbragada compra de votos de parlamentares já havida no Congresso Nacional, a inviabilizar qualquer reação oposicionista e a facilitar a mobilização das estruturas tradicionais, sob total silêncio da mídia.

*Sidnei Liberal, Médico, membro da Direção do PCdoB - DF
http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=59021

Conferência Nacional de Comunicação

17 DE JUNHO DE 2009 - 15h10
Centrais irão unidas à Conferência Nacional de Comunicação
Em reunião na manhã desta quarta-feira (17), em São Paulo, dirigentes e assessores da CUT, CGTB, CTB, Força Sindical e UGT decidiram que as centrais vão somar esforços e entrar unidas no combate pela democratização da comunicação. A ideia é participar do processo da Conferência Nacional de Comunicação, convocada pelo governo federal, com uma plataforma comum do movimento sindical para romper as cercas do latifúndio midiático.
“A articulação com as centrais e com os movimentos sociais será determinante para que as forças populares sejam vitoriosas na batalha”, sustenta a secretária nacional de Comunicação da CUT, Rosane Bertotti — que integra a Comissão Organizadora da conferência. Segundo ela, os vilões da mídia são “os que querem manter a comunicação como um privilégio de poucas famílias — gente que se comporta como dona da verdade por ser detentora dos meios que são concessões públicas”.

Entre as principais reivindicações das centrais está a mudança do marco regulatório, garantindo, entre outros avanços, que haja uma regulação efetiva das concessões de rádio e televisão. Hoje, as outorgas são disponibilizadas tão-somente pelo critério mercadológico, sem acesso aos movimentos populares e via de regra contra eles.

O movimento sindical defenderá também o estabelecimento de mecanismos de controle social, com a instituição e fiscalização efetiva dos Conselhos Nacional, Estadual e Municipal de Comunicação, com caráter institucional e ligado ao Executivo, Além disso, apoiará a disponibilização do acesso gratuito da população à internet banda larga e à popularização da TV digital.

As centrais também vão defender um espaço gratuito no rádio e na televisão, proporcional entre as entidades legitimamente constituídas e reconhecidas, no mesmo padrão atualmente utilizado pela legislação partidária.

"Ao atuar coletivamente e lutar por bandeiras comuns, as centrais ampliam as condições para serem vitoriosas em suas reivindicações contra poderosos interesses que se articulam para que nada mude”, diz o secretário de Divulgação e Comunicação da UGT, Marcos Afonso Oliveira.

De acordo com Carlos Rogério Carvalho, secretário de Comunicação da CTB, a atuação conjunta a partir de agora dará uma nova qualidade à ação pela democratização da comunicação. "Nossa central realizou um encontro de comunicação recentemente, onde decidimos jogar peso neste processo da Conferência. Os debates são uma oportunidade de dialogarmos com a sociedade sobre os mecanismos de dominação de umas poucas famílias contra a sociedade brasileira e a necessidade de reverter essa lógica excludente", disse Rogério.

Já Dalva Ueharo, assessora de Comunicação da Força Sindical, prestou contas da atuação de sua central. “Realizaremos nosso congresso nos próximos dias — e este tema certamente ganhará um bom destaque”, declarou. “Precisamos envolver o conjunto das entidades para que tenhamos mais respaldo para as nossas bandeiras.”

"Lutar pela democratização da comunicação é lutar pelo aprofundamento e aprimoramento da democracia em nosso país. É preciso pôr fim à manipulação e desinformação que são práticas recorrentes dos grandes meios de comunicação contra os interesses nacionais e populares. Nossa atuação unitária na conferência abre essa possibilidade — e não vamos desperdiçá-la", ressaltou Valdo Albuquerque, assessor de Comunicação da CGTB.

As centrais voltam a se reunir na próxima semana para debater um manifesto conjunto de convocação e mobilização das suas bases para as conferências distritais e estaduais, acumulando para a Nacional. A etapa nacional — ponto culminante desse processo — está marcada para os dias 1º, 2 e 3 de dezembro, em Brasília.

Da Redação, com informações do Portal do Mundo do Trabalho